Terapia
que utiliza cavalos é indicada para tratamento de deficiência
Por Gabriela Sant'Anna e Vivian Azeredo
Equoterapia é um método
terapêutico interdisciplinar e educacional que utiliza o cavalo para promover o
desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência, segundo a Associação
Nacional de Equoterapia - ANDE-Brasil. O método é indicado para crianças a
partir de três anos e adultos, sem limite de idade. O tratamento tem maior
eficácia em pessoas portadoras de sequelas motoras e neurológicas.
Lara Resende, de onze anos,
monta desde os quatro e a mãe garante os benefícios das aulas. “Minha filha não
andava antes de começar a equoterapia, depois de quatro meses montando, ela
começou a dar os primeiros passos. Os efeitos foram muito rápidos”, afirma a
funcionária pública Nava Resende. Lara é portadora da Síndrome de Kabuki, uma
doença rara que afeta tanto a parte neurológia quanto física do corpo.
A prática ajuda na
autoestima e autoconfiança do paciente, além do equilíbrio, coordenação motora,
controle postural e melhoras no aprendizado. “Acreditamos hoje que a
equoterapia lúdica ajude a criança a aprender com motivação e sem a obrigação
de uma sala de aula”, diz Vera Regina Ângelo, pedagoga.
Outro aspecto muito
importante é o da inserção do paciente na sociedade. Pelo fato de a terapia ser
dada em ambientes diferentes, o praticante fica mais aberto à socialização e
aceita contato com outras pessoas, buscando a integração com a escola de equitação
e com o mundo.
No Distrito Federal,
existem cinco centros filiados à ANDE-Brasil. Os
contatos podem ser encontrados no site da Associação.