A
organização não governamental de treinamento de cães-guia que existe em
Brasília é a única do Brasil neste tipo de trabalho. As outras instituições
espalhadas pelo país fazem apenas a adaptação de cachorros que vêm de fora para
a nossa realidade. A coordenadora do Projeto Cão-Guia da Associação Brasiliense
de Ações Humanitárias (ABA), Maria Lúcia Campos, explica que os beneficiados
não têm nenhum custo para receber os serviços.
O Projeto
Todos da
raça labrador, os cachorros já são selecionados antes de nascerem. Existe uma
doença que atinge a maioria dos cães de grande porte, a displasia. Uma doença
na articulação da perna do animal que dificulta a locomoção. Dessa forma, Maria
Lúcia conta que os pais precisam ser bem escolhidos para que os filhotes não
herdem esse gene ruim.
Os
primeiros cães da instituição brasiliense foram doados pela Fundação MIRA, no
Canadá, que foi onde os bombeiros militares fizeram o curso Adestramento de
Cão-Guia de Cego. Mantido pela associação ABA, o projeto cão-guia não possui
fins lucrativos, afirma a coordenadora. Ela explica ainda que o maior objetivo
desse trabalho é promover a inclusão social de quem não enxerga. “Buscamos
melhorar a autoestima dos cegos e criar uma ferramenta que faça com que a
pessoa se sinta mais independente”, diz a coordenadora.
Depois
que os filhotes nascem, eles passam por um rigoroso processo de treinamento que
exige tempo e paciência. Para saber como funciona o treinamento, clique aqui.
ONG de Brasília promove inclusão social de cegos
10:36
Brasília
Por Mariana Torres - Jornal Esquina