Com mais de 58% de obras
concluídas, o Estádio Nacional de Brasília, caminha para cumprir os
prazos estipulados no começo das obras e ficar pronto até o fim de 2012. Os
operários, que hoje, trabalham no estádio vieram de todo o Brasil, em busca de
oportunidade e uma vida melhor na capital federal.
Kléber Alves, de 25 anos e Edílson Ney, 28 anos,
vieram de Belém - PA, quando souberam das inscrições para ajudantes de obra
no Estádio Nacional. Com apenas as passagens de ida, ficaram mais de trinta
horas dentro de um ônibus até desembarcar em Brasília, ou como eles mesmos
disseram, o lugar para recomeçar.
“Nós temos família no Pará, somos amigos à quase
dez anos. Deixamos pai, mãe, amigos, namoradas, para realizar nosso sonho”,
afirmou Kléber. Para Edílson, apaixonado pelo o seu Paysandu, time do Pará,
trabalhar na construção do estádio, significa muito mais. “Só de pensar que
grandes craques de todo o mundo jogarão aqui, já é uma satisfação”, disse o
operário.
Trabalho dia e noite
Cada
pessoa que trabalha na obra ganha entre R$ 450,00 e R$ 1.000,00 reais.
Todos têm carteira assinada e moram em regiões administrativas do Distrito
Federal. Douglas Xavier, de 40 anos, veio de Belo Horizonte e se tornou mestre
de obras. Hoje ele mora em Águas Lindas de Goiás.
“Todos
os dias levanto cedo, pego o ônibus, me junto a outros colegas que moram
próximo a mim e vamos para o estádio”, explicou o operário que trabalha em dois
turnos.
O Estádio Mané Garrincha foi inaugurado em 1974 e desde 2010 está em reforma para dar lugar ao Estádio Nacional de Brasília. O antigo estádio era menor e tinha capacidade de receber apenas 42.200 espectadores, ao contrário do novo estádio, que poderá receber até 70.042 torcedores.
O novo estádio tem o selo Leed Platinum. Ele é
reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente
sustentável. O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto do
Mané Garrincha. Na construção são usados materiais recicláveis ou reciclados.
Por Rafael Cadengue