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Bons profissionais do Direito sempre são absorvidos pelo mercado, garante presidente da OAB

Por Gabriela Lapa e Sussane Martins

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Francisco Caputo, afirmou, nesta quarta-feira, dia 5, que o mercado para profissionais do Direito não está saturado. "O bom profissional consegue ser absorvido”.   Ele esteve presente no segundo dia de palestra do congresso no UniCEUB.

Segundo ele, o advogado precisa estar em constante aperfeiçoamento para acompanhar a evolução e o dinamismo do Direito.O papel do bacharel em Direito é contribuir com o Estado para fazer valer as garantias previstas no Art. 5º da Constituição Federal, definiu Francisco Caputo. Sobre o exame que é realizado pela OAB, o presidente ressaltou a importância da aplicação.“A OAB não pode deixar um profissional despreparado causar dano à sociedade”, afirmou.
  

Hierarquia - A professora Loussia Félix, da UNB,  apresentou uma proposta de educação baseada em competências. Segundo ela, o conteúdo que é ministrado nas salas de aula deveria ser direcionado às expectativas dos estudantes. “Em lugar de sufocar os alunos com conteúdos, nós os professores, avaliaríamos os conteúdos que realmente são essenciais e importantes para eles”. Loussia definiu como um desafio enfrentado pelos estudantes a capacidade de trabalharem equipe. “No Direito nós trabalhamos hierarquicamente, mas um trabalho de qualidade depende de um trabalho em equipe”, acrescentou.


“Na verdade há que se repensar o ensino jurídico no país”,disse o coordenador do curso de Direito do UniCEUB, Roberto Freitas. Ele explicou que há um “descompasso” entre aquilo que os alunos querem aprender e o que os professores querem ensinar.Segundo ele, muitos jovens ingressam no estágio e não colocam em prática, teorias e conceitos que são cobrados rigorosamente em sala de aula. Retomando ao assunto anteriormente abordado, o Exame da Ordem, Roberto exemplificou a cobrança de disciplinas que não são necessárias para o desempenho da profissão.“Filosofia jurídica é uma matéria que vai passar a ser cobrada pela OAB. Só será avaliada a capacidade de decorar termos”,afirmou.