Por Júlia Carneiro (texto)
e Gabriela Miziara e Jéssica Lins e Ísis Mendes (vídeo ao lado)
Através de um programa de interdisciplinaridade entre o corpo docente de fisioterapia e psicologia do UniCEUB, foi criada uma clínica de estimulação precoce. Conhecido como o Centro de Atendimento a Comunidade (CAC), esse projeto visa à melhoria de crianças de 0 a 3 anos com problemas como prematuridade, uma grande variação de síndromes e paralisia cerebral.
Além dessa troca de informação entre as duas áreas, para poder melhor entender as dificuldades de cada criança, existe também uma troca de experiência entre as mães e os médicos. São realizadas sessões mensais integradas com a família para haver uma orientação de um trabalho contínuo com a criança em casa. Mais importante ainda é favorecer o processo de inclusão educacional e preparar as famílias para criar um diálogo entre a criança e a sociedade.
Waneli Cristine Morais Sampaio, docente do curso de fisioterapia do UniCEUB e orientadora de prática da pediatria, justificou a importância dessa relação. “Geralmente existe uma desestruturação familiar no inicio, pela falta de informação e os estresses que lidar com as dificuldades da criança trazem. Nosso dever é mostrar para as mães, e para as família, que existe um novo caminho que pode ser levado. Então essas reuniões são importantes para darmos um espaço para as mães e as famílias que geralmente não tem chances de falar deles mesmos porque todos os momentos são feitos em volta da criança”.
Duas estagiárias do centro de atendimento também tiveram a chance de contar um pouco sobre suas experiências durante a palestra. A aluna do décimo semestre de psicologia, Lúcia Helena Tósca Baí, ilustrou como funciona o atendimento grupal e individual psicológico com as crianças, e quais foram as melhoras que ela percebeu em cada caso. A estagiária Ana Maria Lopes de Oliveira, que está terminando o curso de fisioterapia, contou também sobre a importância desse acolhimento a crianças com necessidades especiais através dessa estratégia terapêutica criada em conjunto com a psicologia.
A partir da construção de ambientes propícios para o crescimento da criança, essas iniciativas auxiliam na integração de alunos com necessidades especiais na escola. Esse diálogo, entre professores e especialistas na área da saúde, facilita o processo de adaptação entre alunos e instituições educacionais. Desta forma as escolas ficam mais preparadas para colocar em prática o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, que traz a educação como direito de todos.