Uma nova mentalidade a ser implantada na capital
Por Júlia Nunes
Brasília corre contra o tempo para disseminar uma ideia já conhecida em países de primeiro mundo: o carro não é a única opção de transporte. Por isso, ONGs e projetos são criados para incentivar o uso da bicicleta antes que a capital entre em colapso urbano pelo excesso de automóveis.
A ONG Rodas da Paz é uma organização que desempenha um importante papel na mobilização de pessoas em prol de uma nova consciência urbana. A ONG defende que além de aumentar o número de ciclistas na cidade, deve-se também alterar o ambiente, tornando-o seguro para andar de bicicleta.
A organização participou da elaboração do Programa Cicloviário do Distrito Federal, antes conhecido como Pedala-DF que visa implantar 700 km de ciclovias interligando o DF. De acordo com Ronaldo Alves, presidente da ONG, esse foi um grande passo para a inclusão da bicicleta como meio de transporte, porém não suficiente.
“As ciclovias sozinhas não resolvem o problema da segurança do ciclista. São precisas campanhas maciças de educação para o transito e fiscalização da legislação”, opina Ronaldo.
“As ciclovias sozinhas não resolvem o problema da segurança do ciclista. São precisas campanhas maciças de educação para o transito e fiscalização da legislação”, opina Ronaldo.
Para ele, é necessário muito incentivo do governo ao uso da bicicleta, embora alguns avanços tenham sido feitos.
“Incluimos a bicicleta como proposta de transporte no PDTU, e hoje se fala de bicicleta em todos os níveis os poderes”, cita o presidente da ONG.
Ronaldo ressalta ainda que deve-se acompanhar o fluxo crescente de ciclistas. “O número de ciclistas aumentou e a segurança piorou exatamente pelo aumento do número de usuários e sem infraestrutura de apoio.
Temos a lei dos ciclistas que não é fiscalizada e falta vontade política para construir as ciclovias que já estão licitadas”, aponta Ronaldo.
“Incluimos a bicicleta como proposta de transporte no PDTU, e hoje se fala de bicicleta em todos os níveis os poderes”, cita o presidente da ONG.
Ronaldo ressalta ainda que deve-se acompanhar o fluxo crescente de ciclistas. “O número de ciclistas aumentou e a segurança piorou exatamente pelo aumento do número de usuários e sem infraestrutura de apoio.
Temos a lei dos ciclistas que não é fiscalizada e falta vontade política para construir as ciclovias que já estão licitadas”, aponta Ronaldo.
Na cidade, existe também o projeto Bicicleta Livre, projeto de extensão da UnB, criado com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes e estimular o uso da bicicleta na Universidade. Para isso, foi inventado um sistema de bicicletas comunitárias no campus.
Yuriê Batista é geografo e integrante do projeto desde sua formação e julga ser de extrema importância que as pessoas alterem seus hábitos e passem a apelar para outros meios de transporte que não o carro. No entanto, Yuriê diz que pouco foi feito por parte do governo para alterar a mentalidade da população.
“Nada foi feito para que isso aconteça. A primeira coisa a se fazer é parar de ampliar vias e estimular o uso do automóvel. É preciso fiscalizar os estacionamentos irregulares, cobrar pelo estacionamento nas vias públicas e, talvez, instituir o pedágio urbano”, diz ele sobre ações que poderiam ser feitas.
“Nada foi feito para que isso aconteça. A primeira coisa a se fazer é parar de ampliar vias e estimular o uso do automóvel. É preciso fiscalizar os estacionamentos irregulares, cobrar pelo estacionamento nas vias públicas e, talvez, instituir o pedágio urbano”, diz ele sobre ações que poderiam ser feitas.
Com relação à elaboração do projeto de Ciclovias do DF, Yuriê aponta que o objetivo do projeto é interessante, mas que também há outras medidas que podem ser tomadas.
“Os 600km de ciclovias do DF só visam retirar a bicicleta da rua. Em muitos casos seria possível optar por outras formas que não a ciclovia exclusivamente, como ciclofaixas, moderação de tráfego e tráfego compartilhado”, opina o ciclista.
Ele diz ainda que aquelas ciclovias que já foram construídas, não foram fieis ao projeto executivo, por isso algumas tem buracos ou são mais estreitas do que deveriam ser, o que prejudica a seguraça do ciclista.
“Os 600km de ciclovias do DF só visam retirar a bicicleta da rua. Em muitos casos seria possível optar por outras formas que não a ciclovia exclusivamente, como ciclofaixas, moderação de tráfego e tráfego compartilhado”, opina o ciclista.
Ele diz ainda que aquelas ciclovias que já foram construídas, não foram fieis ao projeto executivo, por isso algumas tem buracos ou são mais estreitas do que deveriam ser, o que prejudica a seguraça do ciclista.