A falta de espaço para estacionar no Setor Comercial Sul aborrece brasilienses. Além de pagar guardadores de carros para acharem vagas, aqueles que param em fila dupla são multados
Por Isa Stacciarini
Por Isa Stacciarini
Estacionamento do SCS em horário comercial (Isa Stacciarini/Esquina) |
Quem trabalha no SCS e não encontra vaga, tem que recorrer, muitas vezes, as outras opções para estacionar o veículo. O contador Fernando Correia explica que teve de fazer um plano mensal no estacionamento interno do Pátio Brasil Shopping. Ele conta que perdia, em média, meia hora procurando onde parar. “Todos os dias chegava atrasado por causa de estacionamento. Depois que fiz o plano, tudo ficou muito mais prático e cômodo, já que trabalho em frente ao shopping e não perco mais tempo procurando vaga”, comenta.
Motoristas recorrem à alternativas ilegais
Para alguns frequentadores a opção, muitas vezes, é deixar a chave do veículo com flanelinhas. O empresário Carlos Alberto reconhece que a atitude é ilegal e perigosa, mas, diante da escassez de estacionamento, é a única alternativa. “Pago dez reais por semana e facilita a minha vida. Trabalho de tarde e achar vaga nesse horário é muita sorte. Deixo a chave do carro e quando aparece alguma coisa eles estacionam o veículo”, diz.
O trabalhador confessa que a escolha não é segura, mas não desconfia do uso indevido do veículo pelos guardadores de carros. “As vezes desço e observo. Marco a quilometragem e informo ao flanelinha que cuida do meu carro. Ele sabe que sou um cara esperto e não se atreve”, garante.
Outra solução improvisada pelos motoristas é parar em locais proibidos. O sargento da polícia militar José Marques afirma que os estacionamentos são fiscalizados. Ele assegura que veículos parados em locais proibidos ou em fila dupla são multados. O policial explica que os campeões de multa são os carros estacionados em vagas preferenciais, como aquelas reservadas para idosos e deficientes. “Umas duas ou três vezes por semana a gente faz a ronda e sempre é constatado motoristas burlando as leis. Não adianta. Quem não acha vaga é preferível não parar e ter paciência de esperar”, declara.