São Gabriel da Cachoeira (Natalia Aquino/UniCEUB) |
Como nos dias anteriores, seguimos o rigoroso horário militar: às 6h50, já deixávamos o hotel em Manaus (AM) rumo a São Gabriel da Cachoeira (AM). Apesar de se espalhar por mais de 109 mil Km², o que o torna o terceiro maior município em área do Brasil, apenas 40 mil pessoas moram no local. Destes, metade vive em comunidades isoladas, espalhadas numa região conhecida como “cabeça do cachorro”.
A cidade é tão isolada que não é possível chegar por terra. Só pelo ar ou pela água. O problema é que, além dos militares, só uma companhia aérea voa para o município. Se o transporte for realizado pelos rios que cortam a floresta, a viagem pode levar até cinco dias durante a seca. Além disso, só há uma operadora de telefonia celular. Já a internet, quando funciona, é lenta.
Por volta das 10h, chegamos ao Aeroporto de Uaupes. Lá mesmo, fomos divididos em dois grupos. O Alfa foi composto pelas repórteres Camila Braga, Dyelle Menezes, Giselle Mourão, Flávia Franco, Mariana Menezes e pelo professor Bruno Nalon. Os outros quatro membros da “tropa” do UniCEUB – Filipe Marques, Natalia Aquino, Vinicius Werneck e Verônica Machado – foram alocados na equipe Bravo.
Alfa
Maturacá (Camila Bocchino/Esquina) |
Maturacá é ainda mais isolada do que São Gabriel da Cachoeira. As limitações e precariedades são visíveis. O PEF também só pode ser alcançado por vias fluviais ou aéreas. Além disso, placas solares produzem a única fonte de energia local. Por isso, cada família tem direito a oito horas de luz diária. Em dia que o sol não aparece também fica impossível fazer ligações. O local possui também enfermaria, consultório médico e odontológico, e farmácia.
Militar do 5° Pelotão Especial de Fronteira (Dyelle Menezes/Esquina) |
Índia e filho (Dyelle Menezes/Esquina) |
Bravo
Braço Forte no Rio Negro (Filipe Marques/Esquina) |
O cardápio, com receitas tradicionais da região, foi preparado por uma equipe formada em grande parte por cozinheiros indígenas. O grupo é chefiado pelo sargento Fonseca – o mesmo que preparou a refeição oferecida ao rei e à rainha da Suécia quando visitaram a localidade.
Após o almoço fomos informados de que haveria um atraso no horário de nossa ida a Maturacá. Enquanto isso, fizemos um breve city tour pelo centro de São Gabriel, onde vimos as vilas militares e o comércio local.
Vista do Helicóptero (Natalia Aquino/UniCEUB) |
Porém, após o retorno do grupo Alfa, aproveitamos o helicóptero para fazer um breve sobrevoo pela cidade. O passeio, que durou aproximadamente 30 minutos, rendeu ótimas fotos graças à beleza da floresta amazônica.
Juntos novamente
General Jaborandy (Filipe Marques/Esquina) |
De volta à 2ª Brigada e com a equipe novamente reunida, assistimos a palestra do General Jaborandy. Ele tratou da função do exército de proteger e resguardar a Amazônia limítrofe. Durante a palestra, a luz acabou três vezes. Em São Gabriel da Cachoeira, o blecaute é muito comum, já que toda energia do município é gerada por usinas termoelétricas movidas a diesel.
Como de costume, um jantar fechou a agenda do dia. Fomos ao Hotel de Trânsito de Oficiais, onde desfrutamos de mais um cardápio preparado pelo sargento Fonseca. Após a refeição fomos diretamente para o Hotel de Trânsito de Sargentos, onde passamos a noite. Selva!